-Silêncios
Onde ninguém nunca, nunca chegará. Onde o meu nome me mata. Onde não há ninguém. Onde esta grande imensidão de jardins que observo não chega a voz.
Ainda espero pelo rasgo de sol que romperá este silêncio.
Dá-me luz!
Sinto todos os ossos do meu corpo a estalarem. Ecos na minha consciência. Lamparinas a iluminar o velho túnel do esquecimento. As rochas que escrevo, e os morcegos que penso.
Um sentimento que sempre reluz aqui. Sentado. A pensar se devo pensar neste meu pensamento complexo, que de um modo ou de outro me desfaz a cabeça em pedaços.
Adoro estar vivo.
Onde ninguém nunca, nunca chegará. Onde o meu nome me mata. Onde não há ninguém. Onde esta grande imensidão de jardins que observo não chega a voz.
Ainda espero pelo rasgo de sol que romperá este silêncio.
Dá-me luz!
Sinto todos os ossos do meu corpo a estalarem. Ecos na minha consciência. Lamparinas a iluminar o velho túnel do esquecimento. As rochas que escrevo, e os morcegos que penso.
Um sentimento que sempre reluz aqui. Sentado. A pensar se devo pensar neste meu pensamento complexo, que de um modo ou de outro me desfaz a cabeça em pedaços.
Adoro estar vivo.
-Agradeço todos os dias por estar aqui. E sorrio a cada minuto que passa. Mas à minha maneira. Uma maneira que nem sempre compreendo. Mas sim, sorrio. E sorrio a cada suspiro teu neste momentos em que o silêncio invade a sala e nos faz flutuar nas almas uns dos outros. Questionando-nos sempre no que um e outro está a pensar. Aqui, juntos, unidos pelos ecos da consciência.
E amanhã seremos os mesmos?
Amanhã estaremos juntos perdidos em pensamentos complexos que nos preenchem a alma?
E amanhã seremos os mesmos?
Amanhã estaremos juntos perdidos em pensamentos complexos que nos preenchem a alma?
-Lamurias do tempo
Volto a este recanto cheio de memórias. A insegurança de dar um passo mais em direcção ao abismo. Saudade de vozes que nem sempre entendemos. Como um sussurrar meigo junto a minha orelha.
Junto a esta orla de espectros sentimentais, tento repousar. Mas não é fácil com o aumento exponencial de raios de luz na sala.
Tantos risos.
Volto a este recanto cheio de memórias. A insegurança de dar um passo mais em direcção ao abismo. Saudade de vozes que nem sempre entendemos. Como um sussurrar meigo junto a minha orelha.
Junto a esta orla de espectros sentimentais, tento repousar. Mas não é fácil com o aumento exponencial de raios de luz na sala.
Tantos risos.
-Tertúlia
Precipitando-se ao encontro do vazio, Isacar morre. Não há tempo para tentar ser menos benevolente. Perdi a noção do espaço.
Muito me agasta que tenhamos todos que sofrer. Muito me dói não vos poder dizer isto. Saber que tenho palavras que não posso pronunciar, a cintilar nos meus olhos. Um pequeno pedaço de neve. Para ti tão nova e surpreendente. Para mim um momento e recordação, mas banal. Como posso entender, e ser entendido, por alguém que não fala a minha língua, alguém que não sabe como sou, alguém que não entende o que faço, e o que faz não entendo.
Não tenho que dizer isto. Mas é uma boa maneira de tentar explicar a quem tomar conhecimento disto.
Não há tempo a perder, mas adoro perder tempo. Ver como ele passa. Como ele faz com que as folhas beijem o chão.
Vejo todos os dias um objectivo comum mas diferente.
Uma dorzinha que corrói e faz vacilar o corpo.
Como uma música mal cantada.
O acorde perfeito num filme romântico.
Aquele olhar que seduz a mente.
A palavra que gostamos mas nem sempre entendemos.
A tua mão.
Sorris.
Obrigada por estares ai.
A minha frente.
Precipitando-se ao encontro do vazio, Isacar morre. Não há tempo para tentar ser menos benevolente. Perdi a noção do espaço.
Muito me agasta que tenhamos todos que sofrer. Muito me dói não vos poder dizer isto. Saber que tenho palavras que não posso pronunciar, a cintilar nos meus olhos. Um pequeno pedaço de neve. Para ti tão nova e surpreendente. Para mim um momento e recordação, mas banal. Como posso entender, e ser entendido, por alguém que não fala a minha língua, alguém que não sabe como sou, alguém que não entende o que faço, e o que faz não entendo.
Não tenho que dizer isto. Mas é uma boa maneira de tentar explicar a quem tomar conhecimento disto.
Não há tempo a perder, mas adoro perder tempo. Ver como ele passa. Como ele faz com que as folhas beijem o chão.
Vejo todos os dias um objectivo comum mas diferente.
Uma dorzinha que corrói e faz vacilar o corpo.
Como uma música mal cantada.
O acorde perfeito num filme romântico.
Aquele olhar que seduz a mente.
A palavra que gostamos mas nem sempre entendemos.
A tua mão.
Sorris.
Obrigada por estares ai.
A minha frente.
-Eu estou aqui? - Perguntava ela constantemente, esperando uma resposta que já era certa… é claro que estava, no jogo estávamos todos, àquela hora, espalhados pelo chão… embalados numa melodia quase certa, ou tão certa quanto os suspiros internos de cada um… e mais uma vez a noite cobre-nos com o seu manto. Fazendo-nos perder no tempo. Recordando histórias, penetrando suavemente nos sentimentos de cada um… observando como o tempo passa… e como passa por aqui, nestes ecos silenciosos dos nossos remoinhos individuais. Apesar dos risos, e do fumo que enche a sala, a verdadeira essência dos nossos momentos aqui está muito para lá da aparência dos nossos corpos, já cansados deste dia…
-Acordas de vez, e o que vês não passa do teu sonho.
Pensei que gostava de estar em casa, mas as minhas asas não voam esse caminho.
Vou embora e deixo aqui uma marca. Não quero ter a sensação de que o dia me passou ao lado.
Vejo-me como uma lesma pegajosa que deixa um rasto de ranho no caminho.
Procura o caminho lamacento e encontrar-me-ás.
Nunca ninguém disse que era fácil.
Não interessa. Chega de jogos estúpidos que jogamos para ver quem perde melhor. Não há tempo. Outra vez.
Pensei que gostava de estar em casa, mas as minhas asas não voam esse caminho.
Vou embora e deixo aqui uma marca. Não quero ter a sensação de que o dia me passou ao lado.
Vejo-me como uma lesma pegajosa que deixa um rasto de ranho no caminho.
Procura o caminho lamacento e encontrar-me-ás.
Nunca ninguém disse que era fácil.
Não interessa. Chega de jogos estúpidos que jogamos para ver quem perde melhor. Não há tempo. Outra vez.
-Não são jogos. Somos meramente Humanos. Percorremos trilhas. Cansámos-nos e procuramos um lugar para repousar. Deitamos o corpo e quase inconscientemente começamos a procurar na nossa cabeça qualquer, a mínima coisa que possa ter marcado o nosso dia. Coisas tão vulgares mas que nos marcam tanto na vida…
-Já te viste aí, no meio do palco? Sabes, calças de ganga, camisola da equipa. Papeis na mão, também...“Texto!” “Texto? Não há…mas não interessa...
Rodrigo Leão
"Histórias"
"Carpe Diem"...
Saudades...