“Acordo todas as manhãs (...) com a certeza que não vais voltar. Cansada de me convencer que, apesar e de acima do teu individualismo estava a tal necessidade a que nos submetemos e chamamos amor, pensei que, com todo o amor que sentia por ti te iria suavizar e de alguma forma fazer parte do teu equilíbrio, tornando-me subtilmente indispensável. Mas só agora percebo que o teu amor por mim não foi uma necessidade, mas uma escolha. Alguém que te chamou a atenção e que um dia decidiste que querias atravessar ... (como alguém) que procura refúgio temporário, quando está cansado. Sei que não vinhas a fugir de nada, nem à procura de coisa nenhuma…"
Mas às vezes sinto que no fundo será sempre assim... destinada a ser o abrigo, a esticar os braços e abraçar incondicionalmente quem veio procurar protecção, energia, luz... e quando estiver forte soltarei do meu abraço para deixar voar... para longe de mim... para viver a sua vida, os seus sonhos...
... feliz... assim te vejo... a voar por aí...
"Amar deve isto: deixar partir aqueles que amamos, porque, se os amamos, já os temos para sempre connosco..."