quarta-feira, fevereiro 11, 2009

Exercicio de lágrimas...Introspecção

Pediu-nos para nos deitarmos no chão e fechar o olhos...

"Comecem por imaginar um corredor comprido, com portas dos dois lados...
...Percorram esse corredor e entrem numa dessas portas...
...Abram e entrem...
É um quarto e nele encontra-se uma pessoa que vos é especial e que vos tenha marcado...
...Olhem à volta, como é quarto? qual a sua cor?
tem mobília, tem janelas?
Visualizem o rosto dessa pessoa...
Conversem...
Tirem uma fotografia dessa pessoa nesse quarto...
Pensem em três palavras que descrevam esse momento...
e surgiram, já tinham surgido...
Silêncio, Luz, Distância...
Voltem a olhar para o rosto dessa pessoa...- (ecoava a voz, ao longe, que descrevia com palavras os momentos que estavam, naquele momento dentro de nós)
Comecem a despedir-se... dirijam-se para a porta, e voltem a olhar para trás, olhando pela última vez para o quarto e para a pessoa... saiam... estão de novo no corredor... aos poucos, abram os olhos, em voltem à verticalidade...
O corpo estava pesado e mal conseguia responder às instruções... por minutos a alma viajou a até ao fundo das minhas emoções, remexendo nas memórias... remexeu... remexeu...
Já de volta à realidade a voz disse: " Vocês antes de saberem já tinham escolhido..."
Quando as emoções daquele momento tiveram que passar do nosso intimo para o corpo, os rostos encheram-se de lágrimas, como se aquele exercício tivesse permitido que a porta que nos encerra para o mundo e nos guarda todos os nossos sentimentos fosse por instantes aberta, mostrando a nossa fonte de verdade. Puro. Simples. Complexo.

terça-feira, fevereiro 10, 2009

...

«Voa, voa, voa para longe pensamento,
vai longe buscar
o eu estou a procurar...
Porque eu estou a procurar...
Um lugar, onde as pessoas escutem o que a paz tem para nos falar»

segunda-feira, fevereiro 09, 2009

poeta das sensações


"Damo-nos tão bem um com o outro
Na companhia de tudo
Que nunca pensamos um no outro,
Mas vivemos juntos e dois
Com um acordo íntimo
Como a mão direita e a esquerda...
Ao anoitecer brincamos as cinco pedrinhas
No degrau da porta de casa,
Graves como convém a um deus e a um poeta,
E como se cada pedra
Fosse todo o universo
E fosse por isso um grande perigo para ela
Deixá-la cair no chão.
Depois eu conto-lhe histórias das coisas só dos homens
E ele sorri porque tudo é incrível.
Ri dos reis e dos que não são reis,
E tem pena de ouvir falar das guerras,
E dos comércios, e dos navios
Que ficam fumo no ar dos altos mares.
Porque ele sabe que tudo isso falta àquela verdade
Que uma flor tem ao florescer
E que anda com a luz do Sol
A variar os montes e os vales...
...É uma criança bonita de riso e natural."


É e somos poetas de sensações...