sexta-feira, dezembro 29, 2006
quarta-feira, dezembro 27, 2006
angola
"Um dos maiores países de África, com riquezas incalculáveis, um povo com história. Hoje estão criadas as condições para que Angola seja o um dos países mais desenvolvidos do Continente Africano."
José Palma
sexta-feira, dezembro 15, 2006
Ntoni Denti d'Ouro
'Ntoni Denti d’Oro, ou melhor, António Vaz Cabral, com 79 anos de idade, é uma referência fundamental, mesmo incontornável, da música cabo-verdiana mais genuína. Natural de São Domingos (Santiago), onde ainda hoje vive, o músico e cantor cria e interpreta batuque e finaçon de forma muito singular. É um dos poucos intérpretes masculinos de batuque e finaçon. Cantador e tocador, com toda a justiça deve ser considerado um dos impulsionadores actuais destas formas musicais, que estiveram praticamente mortas há algumas décadas, mas que vieram posteriormente a ressurgir, de forma notável.
Muito cedo começou a dedicar-se ao batuque e finaçon. Durante anos e anos animou festas populares, de baptizados, noivados e casamentos, tendo percorrido toda a ilha de Santiago, bem como outras ilhas de Cabo Verde. Depois da edição do seu primeiro registo discográfico, Ntoni Denti d’Oro viajou pela Europa e pelos EUA, para se apresentar publicamente. Hoje tem uma vida mais recatada mas não deixa de acolher todos os que o querem conhecer e ouvir…'
quinta-feira, novembro 30, 2006
Ao longo do tempo, a dança serviu para reverenciar os Deuses e pedir-lhes mais sucesso para a caça e lutas ou simplesmente para cerebrar o nascimento ou lamentar a morte...
Tem vindo a expandir-se cada vez mais e tornando-se o reflexo das várias culturas,podendo assim revelar muita coisa sobre o modo de vida de quem as dança...
Em cada passo
percorremos diversos caminhos,
em cada giro
viajamos o mundo,
em cada olhar transmitimos desejos,
em cada toque multiplicamos sensações
em cada queda trancendemos a emoção
em cada dança... sonhamos
com as pontas dos pés...
terça-feira, novembro 28, 2006
Presença Africana
E apesar de todo,ainda sou a mesma!Livre esguia, filha eterna de quanta rebeldia me sagrou,Mãe-África!Mãe forte da floresta e do deserto,ainda sou, a Irmã-Mulher de tudo o que em ti vibra puro e incerto...
A dos coqueiros,de cabeleiras verdes e corpos arrojados sobre o azul...A do dendêm nascendo dos abraços das palmeiras...
A do sol bom, mordendo chão das Ingom botas...A das acácias rubras,salpicando de sangue as avenidas,longas e floridas...
Sim!, ainda sou a mesma.A do amor transbordando pelos carregadores do cais suados e confusos,pelos bairros imundos e dormentes pelos meninos de barriga inchada e olhos fundos...
Sem dores nem alegrias,de tronco nu e musculoso,a raça escreve a prumo,a força deste dia...
E eu revendo ainda, e sempre, nela,aquela longa história inconsequente...
Minha terra...Minha, eternamente ...
Terra das acácias, dos dongos,dos colios baloiçando, mansamente...Terra!Ainda sou a mesma.
Ainda sou a que num canto novo pura e livre me levanto,ao aceno do teu povo!
segunda-feira, novembro 13, 2006
quarta-feira, novembro 08, 2006
Em meados do século XVIII, Denis Diderot, afirmou que “ é preciso deitar aos pés todas as velhas crenças; ultrapassar as barreiras que a razão jamais levantou; permitir às artes a às ciências uma liberdade que lhes é tão preciosa (…) precisaremos de uma época de racionalistas que não procurem mais as normas e as leis nos autores passados, mas não na natureza…”
Vivia-se a época da luz, onde os iluministas colocavam a razão em primeiro plano, concebiam o conhecimento, as ciências como meio de libertar o Homem da servidão, dos preconceitos, dos erros e injustiças, que marcavam a sociedade.
Lutava-se pelo progresso e bem-estar da população, era considerado um direito natural, isto é, todas as condições de nascimento da natureza física e biológica dos seres.
Para os iluministas, a crença na Natureza chegou a criar uma nova religião – a religião Natural – segundo a qual o Bem se identificava com o prazer e o Mal com a dor. Estas ideias estiveram na origem de novas posturas religiosas, como as do ateísmo e do deísmo.
A ampla divulgação e aceitação do iluminismo foi fruto do dinamismo dos seus cultores que espalharam a sua acção sela literatura, pelo ensino, pela política, pelas artes e pela ciência.
Durante o século XVIII e XIX, o período da Luz predominou, sendo a meio do século XIX invadida por novos conceitos, que levaram à sua extinção…
segunda-feira, novembro 06, 2006
quinta-feira, novembro 02, 2006
«Cesária Évora (Mindelo, 27 de agosto de 1941) é uma famosa cantora cabo-verdiana, apelidada de a rainha da morna. Também conhecida como "a diva dos pés descalços", por causa de sua tendência a apresentar-se nos palcos com os pés descalços, em solidariedade aos sem-teto e às mulheres e crianças pobres de seu país.
À morna, um gênero musical profundo em sentimentos e descendente do fado português cantado em crioulo cabo-verdiano, ela mistura toques sentimentais com sons acústicos de violão, cavaquinho, violino, acordeão e clarineta. O blues cabo-verdiano de Cesária Évora em geral fala da longa e amarga história de isolamento do país e de comércio de escravos, assim como da emigração - o número de cabo-verdianos morando no exterior é maior do que a população total do país.
A voz afinada de Cesária Évora, acompanhada de instrumentos que dão um toque de melancolia, ressalta o emocional em sua música. Mesmo platéias que não entendem sua língua conseguem perceber emoção em suas apresentações.»
Quem mostra' boEss caminho longe?
- sodade de nha terra kin ca conxi...África
segunda-feira, outubro 09, 2006
terça-feira, outubro 03, 2006
“África”, escrito por Isabel Medina, subiu ao palco pela primeira vez em 1989 no Teatro Nacional.
Esta história acontece depois da guerra em Angola.
Catarina, uma jovem Moçambicana, vem para Portugal como retornada mas nunca se perdoa por ter abandonado o que diz ser seu sangue: África.
Catarina vivi com Simão, mas histórias passadas de ambos fazem com que a sua relação seja um pouco estranha, isto porque ambos sentiam um enorme vazio por terem deixado “a sua África” para trás, então para compensar a dor faziam jogos meditativos em que exploravam o seu próprio interior…
No passado, a jovem Moçambicana foi apaixonada por Luís, um rapaz que despertava a atenção de todas as mulheres, mas no entanto estas não faziam parte do seu quadro amoroso. Luís amava um homem (por quem se vierá suicidar), e esse amor era correspondido e isso perturbava Catarina. Ao remexer no passado, descobre que o grande amor de Luís era Luciano, um grande amigo de guerra de Simão.
segunda-feira, outubro 02, 2006
"Pela estrada desce a noiteMãe-Negra, desce com ela ...
Nem buganvílias vermelhas,nem vestidinhos de folhos,nem brincadeiras de guisos,nas suas mãos apertadas.
Só duas lágrimas grossas,em duas faces cansadas.Mãe-Negra tem voz de vento,voz de silêncio batendonas folhas do cajueiro ..
.Tem voz de noite, descendo,de mansinho, pela estrada ...
Que é feito desses meninosque gostava de embalar? ...
Que é feito desses meninosque ela ajudou a criar? ...
Quem ouve agora as histórias que costumava contar? ...
Mãe-Negra não sabe nada ...
Mas ai de quem sabe tudo,como eu sei tudo Mãe-Negra! ...
Os teus meninos cresceram,e esqueceram as histórias que costumavas contar ...
Muitos partiram p'ra longe,quem sabe se hão-de voltar! ...
Só tu ficaste esperando,mãos cruzadas no regaço,bem quieta bem calada. É a tua a voz deste vento,desta saudade descendo,de mansinho pela estrada."
(Alda Lara, 1951)
sábado, setembro 30, 2006
sábado, setembro 23, 2006
África, o continente que é marcado pela exploração o sofrimento e escravidão, mas também o continente onde reina o mistério, a história e a saudade de outrora…
Quem representa esta África, cheio de culturas e tradições, rituais e tribos? E o que é ser africano? Ser africano é aquele que se sente parte de cada fronteira, de cada extracto de terra, ser-se africano é um sentimento forte de identificação, é ter essência… ser-se africano é ter amor por este mundo mágico onde vigora um universo de saberes e um grande futuro…
“Meu irmão não tem cor, nem nasceu do ventre da minha mãe, não tem cor, mas tem olhos vidrados pelo sofrimento; olhos iguais aos meus. Meu irmão não é branco, nem preto, nem mulato, não tem cor meu irmão. Meu irmão não tem cor, habita em todos os subúrbios, tem coração grande, do tamanho da verdade e futuro que é o nosso… meu irmão não tem cor, mas mesmo assim é meu irmão.”